domingo, 25 de setembro de 2011

Não sou santa, nunca fui. Nem sou um ser completamente bonitinho, que ama a humanidade. Acredito sim em mundo melhor e que sorrindo a vida pode ser melhor. Acredito sim, que no dia seguinte,quando amanhece as coisas podem melhorar e que não há nada melhor que um dia após o outro.
Mas repito que não sou santa e que nem todos os dias sou amante da vida. Tem dias que por mais azul que esteja o céu,eu só consigo olhar pra cima e ve-lo nublado. Tem dias que chove dentro de mim. Outros que fico com raiva e as vezes queria mesmo poder explodir algumas pessoas por aí. Tem gente babaca em todos os lugares.
Eu mesmo,convivo com alguns bem de perto. Eu tento sorrir e levar de boa. Tento não dar moral, relevar, mas sabe como é, um dia a gente cansa. Um dia a gente satura. Um dia a gente chora de raiva e quer ir embora. Não me considero uma pessoa ruim.Não achou sou má. Na verdade, acho que sou até legalzinha.
Só  tenho um sério problemas com relacionamentos, principalmente com relacionamentos amorosos. Eles não dão certo. Ou eu quero ir embora e normalmente,vou mesmo -saio correndo,sem nem olhar pra trás - ou então eles desaparecem por aí, se perdem no tempo.
Em relação a amizades, eu amo fazer novos amigos. E ando sempre em frente, sentido falta dos velhos. Mas eu desapareço,sumo,me escondo num canto. Talvez eu queira que sintam a minha falta. Talvez eu só queira 5 minutos só meus. Mas na verdade acho que não sei bem explicar. 
Quando eu vejo, já sai correndo. Já sumi e normalmente não da e nem vale a pena voltar atrás. Já foi. O feito está feito. E eu sai correndo, me perdi no tempo e no espaço.Para depois olhar as fotos,com a maior nostagia do mundo e quase chorar de saudade.
Mas nunca prometi ficar quetinha ali, na verdade nunca prometi nada. Volto quando precisam de mim. Mas eu sou forte e supostamente, bem supostamente, me viro sozinha. Sacudo e levanto a poeira. Me tranco no banheiro,choro um pouco e depois sigo em frente. Mas sei que as vezes,eu preciso de mais de todos perto de mim, todos que eu perdi por aí, todos que ainda estão por perto de alguma maneira.
Mas eu não sou santa. As vezes me canso das pessoas. Fico com preguiça.Então desapareço por um tempo, sem me lembrar que todos os dias nós mudamos, cada dia um pouquinho. Mudam- se os sonhos, os planos, os namorados, as histórias, as metas, as responsabilidades. Muda cada um e cada um se torna quase que outra pessoa depois de um tempo.E nem todos aceitam de porta aberta o meu retorno. E as vezes, não é só por não aceitar,é que já não me cabe mais ali..fiquei só com uma foto antiga na mémoria. Eu mudei muito, o outro também. Nosso relacionamento ainda mais. 
É uma pena. Passaram pessoas maravilhosas pela minha vida. Algumas, eu fugi. Outras se perderam com o tempo. Não importa mais, agora é só lembrança. Saudade, dorzinha no peito. Fotos antigas guardadas na gaveta da memória..
Acho que perdi o foco do meu texto.Eu falava sobre mim. Sobre o julgamento que as pessoas fazem sobre mim.Acho que era essa minha ideia inicial do texto. Me perdi um pouco, mudei a direção. Espero que não tenha mesmo problema. Eu só queria que as pessoas parecem de me julgar. E que também paracem de me odiar. E mais ainda, eu queria companhia. 
Porque hoje a solidão não mais como a do post passado,não é gostosa e necessária. Ela (a solidão) cresceu mais do que eu queria. Perdi o controle e  levei um fora. Sumi um pouco e me sinto sozinha. Pra quem ligar? Com quem eu realmente posso conversar? Me abir? Contar o que estou sentindo? 
E o que fiz com meu charme? Ainda tenho olhos verdes, mas não sei mais se consigo fazer  um cara sair da colombia e vir me ver. Só de olhar e desejar, fazer com que o cara também me queira...
Talvez seja TPM.De todos modos é como diz a música do Renato Russo, que eu estou triste mas me deixa aqui sozinho que logo passa...
boa noite,

domingo, 18 de setembro de 2011

solidão necessária

Lá fora é um dia qualquer, um domingo ensolarado.Cidade vazia, pouco movimento na ruas. Mas eu me permiti me "dar" o domingo! Pulei da cama  super cedo, desci um pouqinho com Maya - mas a Maya late muito e nosso passeio não foi muito longe- e depois de deixa-la de novo em casa,peguei minha mochila e sai. Fui para meu esconderijo ( a casa da minha avô, que as vezes fica fazia porque ela e meu avô vão passar uns dias na fazenda) .
Troquei de roupa, fui correr no antigo Zoologico. Fiquei feliz, dei 5 voltas!! 3 correndo!! É bom começar a entrar no pique já, pois pretendo ir pro México em janeiro e lá minha familía adooora coorrer.É bom que além de entrar em forma,já pego o ritmo já!
Em seguida da minha corrida, voltei pra casa da minha avó, tomei um banho e pronto. É um dia meu. A casa só pra mim. Momento de leituras, de pesquisa, de resolver coisinhas. Momento bom. Uma solidão necessária,que acho que todos deveriam ter. Um dia só pra si, tirar uma folga da família, dos amigos, dos problemas.
Concordo, que ficar sozinho sempre é muito ruim. Mas de vez em quando, certas doses de solidão fazem bem.Faz muito bem, naquele momento de estress ,por exemplo , quando se quer explodir o mundo e pra não brigar,é melhor um pouco de isolamento. Quando se está muito triste, é bom um ombro amigo pra desabafar mas pra chorar mesmo,melhor estar só. Para organizar a vida, pensar nas soluções e também nos problemas.
 Além do que,dormir acompanhado é uma delícia porém por a cabeça no traveseiro depois de um dia difícil,ou até mesmo de um dia muito bom não tem preço. Eu também me inspiro melhor sozinha, principalmente falando de cozinha. Engraçado é que não gosto muito de comer só eu e o prato,é melhor alguém tem alguém por perto. 
Não sei se sou eu, se é um pouco minha história de vida ou meu jeito de viver a vida, mas faço quase tudo sozinha desde cinema, caminhada, shows, teatros a viagens, planos, sonhos e metas. Gosto de pessoas, gosto de gente, amo fazer novos amigos mas nada tira a minha necessidade de momentos só meus. Hoje é um desses, esse domingo é só meu.
Tirei uma folga de tudo, pra fazer várias coisas e também pra conviver um pouco mais comigo mesma.Eu e eu mesmo estavamos com um pouco de saudade uma da outra..

sábado, 17 de setembro de 2011

um dia atípico

Acho que minha história, essa que vou contar agora, começa na quinta feira.Fui ajudar minha mãe na Flicka, fui de carro ouvindo musicas aleatórias do pen drive do meu irmão. Zé ramalho, meu irmão adora ele. Em uma das músicas me perdi em lembranças...com carinho voei até um momento gostoso - um dia frio, um chão gelado, um cara muito bancana. A canção ficou na minha cabeça. A noite, já em casa compartilhei a frase em especial no facebook.
Para minha surpresa, eis que o cara das lembranças curtiu a minha frase. Sorri, não resisti e fui da um "oi" pra ele. O "oi" virou um conversa, que talvez (espero mesmoo que sim) vire uma visita (quem sabe, até mais de uma..). Mas enfim, o que aconteceu foi que fui dormir super tarde conversando com ele. Entre besteiras, torca de carinhos e coisas sérias. Dormi já era mais quase 4 horas da manhã..
No dia seguinte, pulei da cama. Fui correr. Surtei, cortei o cabelo. Me olhei no espelho e me senti bonita. Pensei com carinho na conversa do outro dia, "podia mesmo dar certo, vê-lo de novo! Espero que dê certo e que seja sim maravilhoosoo!" , isso acompanhou meu dia.Mas não deixou de fazer com que ele seguisse normalmente seus rumos. A sexta feira passou meio batida.Tive um leve desentendimento com meu pai no almoço. Chorei minhas magoas para meu "chefe". Vi quem eu não queria ver..
Fui pra aula que por sinal acabou mais cedo. Comemorei calada e fui pra casa. Peguei um onibus vazio,o que me deixou muito feliz - confesso!. Sentei (aí como é bom sentar e finalmente ira pra casa! Era sexta feira, a semana com seus altos e baixos tinha terminado e eu só queria mesmo ir pra casa) e estava com muita preguiça pra poder ler.Acabei dormindo.
Porém dormi meeeeesmooo!! Nunca tinha feito isso dessa forma. Já havia cochilado algumas vezes, mas dormir,apagar e perder o ponto. Nãoooo, isso nãaao! Pois é, capotei. Dormi que nem vi meu ponto passar e quando acordei meu onibus voltava pro mesmo lugar  aonde eu tinha subido, o Campus da Ufg, que é fora da cidade. Quando abrir meus olhos me desesperei! Demorei um pouco pra realmente saber aonde eu andava!! "Ai meu Deus!! Comooo volto pra casaaaaaa?" Que medo. Que vontade de chorar. Demorei uns 5 minutos pra me situar.Olhei em volta, o onibus antes vazio agor tinha bem mais gente. "Aonde esse povo todo vai a essa hora!! Fazer o quê naquela longuraaaaa?" eu pensava.
Enquanto tentava me situar, olhei pro lado e vi uma conhecida. Acho que fiquei vermelha.Me deu muita vergonha. Será que ela me viiu mesmo? Aiiiiiii! Olhei pra fora, estava tudo bem escuro. Era sexta feira. Mas só alguns lugares da cidade mudam de cara as sexta feiras, lugares badalados.Outros tantos, continuam iguais.Ruas escuras, silenciosas e pessoas que caminham apressadas indo enfim para suas casas depois de dias cheios..
Não tinha mais nada a fazer. Descer podia ser píor. Era torcer para não ser a última viagem do tal onibus.Eu não tinha dinheiro e e não tinha jeito (outra maneira,digo)  de voltar pra casa. Quando enfim o Onibus parou, só me restou ir lá conversar com o motorista. Ele riu.Né? Todos riram quando contei essa história.
Mas ele ficou com dó de mim. Disse que eu podia continuar no onibus, só que agora ele ia fazer outra rota,mas ela também me servia ( tudo podia me servir naquele momento, que me levasse ao menos de volta pra Goiânia) . Esperei. Era o intervalo do moço- motorista.
No fim deu tudo certo. Cheguei em casa bem! Demorei duas horas mas cheguei! E foi bacana, voltei conversando com o Motorista que se chamava André (gosto do nome. Conheço pessoas legais que tem esse mesmo nome) .
Aprendi bastante sobre os onibus e vi ainda mais, como as pessoas passam por outras pessoas e não as olham, nao enxergam.André me disse ontem que para o passageiro os motoristas fazem parte da maquina. É verdade, sentada ao lado dele ontem,mais que vi - eu vivi isso por uma uma hora.
Quando ando de metro, sempre fico pensando que o motorista faz ainda mais parte da maquina. Porque simplesmente não o vemos. Mas a verdade é que não enxergamos muitas vezes as pessoas. A atendente, o moço do caixa,a mulher da padaria, o pessoal da faxina e até mesmo professores, colegas de sala,pais, familia..Quantas vezes, quando olhamos para o pessado, simplesmente não vemos muitas pessoas nele.
E cada vez mais, cada um no seu mundinho seja celular, música ou livro. Cada um com que seu umbigo e o mundo que "se dane". Não vemos as pessoas, não vemos a cidades e não vemos mais a vida  que passa.Os momentos que se perdem, as coisas maravilhosas que deixamos de sentir por não ver!
Como disse um tema de redação de uma prova qualquer, "o olhar precisa aprender a enxergar" e nós precisamos reaprender a viver,a perceber e sentir o mundo diante dos nossos olhos.

um pouco de esperança

Foi uma das cenas mais bonitas que vi na minha vida. Era um dia qualquer, mais o menos meio dia. Onibus cheio, lotado não, mas bem cheio.Eu estava em pé no fundo,pensando na vida..Então entrou um moço, que ia falando "segura firme, beeem firme". Olhei,olhei de novo, mas não via a pessoa com quem ele falava. Não tinha entendido ainda e o moço continuva a dizer "se agarra, segura firme". Por favor, não pensem besteira. A cena é mesmo linda.
Aos poucos, quase que driblando as pessoas o tal moço foi se aproximando e "passou" por mim. Quero dizer que isso tudo  dentro do onibus cheio quase meio dia,em um dia qualquer..E aí, eu vi agarrado as pernas do homem um menininho de no máximo uns 4 anos, loiriiinho de cabelos cacheados,segurando bem firme a barra da calça jeans do pai. O homem - o pai- tinha mais o menos uns 32 anos. Tennis marron, calça jeans, blusa preta, aliança do dedo. Meio gordinho e careca. Não, ele não era bonito. Mas aquela cena do meninho agarrado a barra da calça do pai,era realmente bonita. Pais com crianças são sempre uma coisa muito bacana de se ver por aí.
Claro, alguém legal cedeu o lugar pra ele e pro filho. O meninho olhava com atenção todas as pessoas "grandes" a sua volta. O pai o colocou no colo. Depois de alguns pontos desceram e ainda consegui ve-los entrarem em uma clinica medica..
Ainda existem coisas legais de se ver por aí. Nem tudo é só "odio e destruição".Ainda há esperança de um mundo melhor! De um mundo com mais amor..

terça-feira, 6 de setembro de 2011

dez reais.

O vi de longe. Ele distraido com o celular,não me viu. Eu também ia mexendo no celular,mandando mensagem para alguém, mas estava um pouco menos concentrada. Pensei em dizer algo, em falar alguma coisa ou até mesmo se dizia "oi" ou não. Ele enfim me viu, me olhou,sorriu e me pediu dez reais emprestado.
Ah? Como assim, 10,00? Pra quê? Por quê pra mim, justo pra mim? A gente mal ta conversando. A gente mal se vê, mal se olha, mal se cumprimenta. E ele me pede 10,00 reais emprestado? Ah? Comoo asssim?
Eu,sorri de volta e tirei o dinheiro da minha carteira. Entreguei na mão dele. Tinha tanta coisa pra falar,mas nenhuma palavra saiu.. Ele sorrindo foi embora. Ainda sim, isso ficou na minha cabeça o dia todo. Por quê afinal ele me pediu dez reais emprestado, justo pra mim?
Será que ele se aproveitou da minha dificuldade de dizer não? Será que ele quis ver minha reação? Será que queria me dizer algo mais? Será que agora que me vê soltera e ele acompanhado se sente por cima? Será que... fiquei imersa em muitos pensamentos  durante todo o dia e se era isso que ele queria, ele conseguiu! Foi então que um amigo  rindo me disse " acho que você perdeu 10,00 reais. E que ele só queria mesmo o dinheiro. Relaxa vai! "
Não sei..ainda fiquei pensando no assunto por um tempo. Eu queria que fosse o começo de uma reconciliação. Não pra voltar, mas pra passar do bom convivio e sermos quem sabe, um pouco mais amigos. Não depende de mim. E não sei bem o que foi esse lance dos 10,00. Tinha tanta gente perto dele o dia todo, tinham tantas outras pessoas que ele tem muiitooo mais intimidade por perto. Por quê pra mim?
Eu queria mesmo que a gente fosse amigo. Que tudo ficasse bem. Que toda essa competição, esse mal estar,esse clima evapora-se. Sumi-se. Sublima-se. É tão estranho. Gosto muito dele,tenho um carinho grande por ele. Desejo muito que ele seja muito feliz. E sinto sim, saudade. Porém saudade dentro do ambiente de trabalho, das ideias. Sinto vontade de conversar. Mas não mais de beijo, de intenso. Não assim..
Não sei o que passa na cabeça dele. E quem sou eu pra falar de respeito, ou de falta de respeito. De consideração, ou então que fiquei chateada..não fui a melhor pessoa do mundo.Não dei conta de ser. Mas depois do ultimo email, tenho medo de dizer qualquer coisa. E prometi a mim mesmo que não vou dizer..
Mas com o tempo as coisas se acalmam,esfriam. E isso vale tanto para o amor, como para o odio.Então, é deixar estar. Mas continuo me perguntando," por que ele me pediu 10,00 reais emprestado? Por que pra mim?" .