domingo, 30 de outubro de 2011

http://www.youtube.com/watch?v=Y6XneqkfD3c

mãos

Como colocar tudo que sinto em palavras? Como descrever todo o sentimento, todo o momento com palavras? Como? Tentarei da melhor forma,prometo.
Já era madrugada, final da festa. A música,chiava ao fundo e aos poucos o lugar ia se esvaziando. Cansada em sentei no chão, a noite tinha sido boa, mas não tãoo boa quanto eu imaginava. Me sentei, havia tomando um pouco de álcool, estava alegre e o mundo rodando um pouco. Sono,queria ir pra casa dormir.Mas eu estava de carona..sei que então olhei pra cima e ele estava do meu lado.Puxei a barra de sua calça, ele olhou pra baixo,sorriu e logo se sentou ao meu lado.
Em poucos minutos,outras pessoas se juntaram a nós. E não sei bem dizer,quando foi o momento exato,mas então nossas mão se encontraram. A dele mais branca que a minha,macia e quente. Foi algo tão especial, tão cuidadoso, tão quentinho. Mas eram e foi só, o encontro de duas mãos. Não teve beijos, não teve amaço, teve só aquilo, duas mão que perdidas, se acharam, se encontraram e não mais se soltaram.
Ele, o dono da mão, tem um nome que eu adoro.Mas um nome que tenho medo, Diego. Adoro esse nome, já sonhei com uma pessoa,com esse mesmo nome, que ainda nem conheci,milhões de vezes..Na verdade, no meio das minhas tristezas, dos meus desancatos, sempre me consola o meu sonhado e imaginário Diego.
Esse não se parece com o meu, é tão menino.Gosta de anime e conversa, com uma doçura e ao mesmo tempo com uma inocência, como se não houvesse malícia. Me olha, com encanto,com cuidado, mas não com desejo, não o desejo da carne.
Um dia desses, nos encontramos por acaso saindo da faculdade, conversando coisas bobas,entramos no onibus,passamos o ponto certo e continuamos a conversa por um bom tempo. Então eu olhei para o relogio, ja era tarde e era hora de ir embora. Sorri e me despedi.. ele não veio atrás de mim e nem eu fui.
E então, outra vez, por acaso, nos encontramos na festa e no final dela, nos mãos derão se de encontro. Silêncio, nada falavamos,nada fizemos. Só aquele momento incrivel,mão unidas. Carinho no olhar.
É sempre estranho, sempre intenso.Mas qualquer brisa, me faz olhar pro lado. E naquela festa fantasia, um príncipe se sentou do meu lado. Já conhecia e,naquele noite o conheci ainda mais. O beijei, mas ele não me deu muita moral. Foi um beijo e só. Mesmo assim, se sentou do meu lado.Me perguntou se meu amigo,era gay. Me assustei, olhei para as mão entrelaçadas, olhei para aquele rosto de pele mais branca que a minha, de doçura e carinho no olhar e então,minha mão desgrudou da dele. 
Sua mão, ainda buscou a minha. A minha razão, emoção e o principe, deixaram minha mãos sozinhas no meu colo. Sem graça e confusa, me recolhi. Tangi sem querer,o Diego.Ele se lavantou, inventou uma desculpa e foi embora.
 A magia da noite se quebrou e as mão se perderam.
Fui embora e acordei, lembrando das mãos que se encontraram...

desaprendi

Não foi bem por quer, foi acontecedo.Mas desaprendi o caminho da sua sala, meus pés desaprenderam como fazer pra chegar lá. Minha cabeça, desamprendeu o número dessa sua sala e meus olhos,aprenderam a não mais olhar dentro dela cada vez que eu passava.
Meu coração já não desapara mais,ao pensar em você. Alias desaprendi a pensar em você, minha abstinência de você é cada vez menor. A saudade, vai diminuindo e eu já não preciso mais de doses fortes de você.
O seu abraço, o seu beijo já não me acompanham mais nas lembranças, nos sonhos acordados, nos momentos de pensamento vazio do meu dia. Desapredi aos poucos a querer você,a desejar você com todo meu ser. Desaprendi a te querer,a te buscar e desaprendi também a sentir sua falta, desesperar com sua ausência. 
Desaprendi o caminho até você. Todas os atalhos, trilhas e caminhos que me levavam até todos os seus refúgios se perderam e minha pouca memória já não me deixa mais lembra-los. E o que ainda resta, vai sendo desaprendido aos poucos. 
Agora aprendo a ser sensata,a ir frente, a buscar alguém que possa ser mais meu. Aprendo a não mais precisar de você, precisar tanto do seu ser e mesmo no auge da minha carência, da minha solidão vou dasaprender totalmente a te querer.
Mesmo que as vezes desperte no meio da noite, no meio na monotice dos meus dias te querendo, te desejando, vou desaprender. Vou esquecer. Vou me esforçar pra aprender algo novo, olhar pro lado e ver outros caras legias, outros abraços bons, outra química tão gostosa.
Mesmo que te veja e todo o meu corpo te deseje, vou desamprender a sentir isso. Vou controlar,cada célula do meu corpo e vou enfim aprender a ser sensata,ser realista e não mais esperar você. Não mais esperar seu cuidado, sua atenção e qualquer coisa que seja verdadeira e que vá além daqueles muros.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

tirado da revista Marie Claire


“Como superei um estupro''
Depoimento a Fernanda Dannemann 




Faz seis anos que a estudante universitária Lúcia*, de 28 anos, foi estuprada a poucas quadras de sua casa, em um bairro tranqüilo de Juiz de Fora (MG). Mesmo abalada, resolveu denunciar o criminoso. Passou pela via-sacra de delegacias e exames de corpo de delito, e durante um ano conviveu com a possibilidade de ter contraído o vírus HIV. Hoje, consegue falar do assunto sem mágoas e conta como recuperou a alegria depois do trauma.
Na manhã de 10 de novembro de 1999, acordei assustada depois de um pesadelo. Sonhei que estava numa praia, mas pisava em cacos de vidro em vez de areia. Meus pés sangravam e eu não conseguia sair dali. Na época, eu tinha 22 anos e era recepcionista de uma emissora de TV. Estava chovendo, fui trabalhar agoniada. À noite fui para a faculdade, onde cursava o terceiro ano de letras.
Naquela noite a aula acabou mais tarde. Quando cheguei ao ponto de ônibus, às 22h30, o ônibus que me deixaria na porta de casa já havia passado. Peguei outro que, por volta das 23h, me deixou numa rua paralela à minha. Caía uma chuvinha, a rua estava deserta. Quase na esquina de casa, notei duas pessoas atrás de mim. Alguém agarrou meu pescoço por trás, perdi o fôlego, caí e fui arrastada até um terreno cheio de mato. Imaginei que era um assalto.
No meio do mato, vi que eram dois rapazes, embora não enxergasse bem no escuro. Um deles estava armado. Enquanto o outro procurava minha bolsa, usando um isqueiro como lanterna, o que estava armado forçava o meu rosto contra o chão. Eles cheiravam a álcool, senti que algo de muito ruim ia me acontecer. Acho que tive uma descarga de adrenalina tão grande que fiquei em estado de choque. Não chorei nem tentei fugir.

O rapaz armado me disse: 'Tire a calça e a calcinha'. Paralisada, tentei olhar o rosto dele. Ele disse: 'Não olha pra mim ou te mato!'. Tirei a roupa, ele abriu minhas pernas com violência, forçando meu rosto contra a lama. Ainda ouvi o outro dizer: 'Não faz isso'. Depois ficou quieto. Eu não conseguia me mexer nem respirar direito, porque tinha barro no meu rosto. Ele ficou me agarrando e introduziu o pênis com força. Ainda falou no meu ouvido: 'Você vai ficar traumatizada pelo resto da vida'. Pedi pelo amor de Deus que não fizesse aquilo, ele disse: 'Não acredito em Deus, moça'.
Quando ele saiu de cima de mim, consegui encará-lo. Era jovem, magro, tinha o cabelo curto e uma cicatriz vertical na bochecha direita. Meu olhar foi de tanto ódio que ele me deu um soco no olho, gritando: 'Não me olhe assim!'. Sentei na lama, nua, de cabeça baixa. O outro rapaz continuava ali, mexendo nas minhas coisas. Pensei na minha mãe, que devia estar preocupada com meu atraso. Comecei a rezar e consegui, com calma, conversar com aquela pessoa transtornada. Inventei que tinha um filho de 2 anos, ele quis saber onde eu trabalhava. Manejando a arma, ele alternava uma personalidade agressiva com outra, amável e civilizada. Nua, na chuva, eu não sentia frio ou dor. Só queria fugir dali.
De repente, o outro rapaz perguntou: 'O que a gente faz com ela?'. Ele respondeu: 'Mata!'. Eu me surpreendi, mas não achei que ia morrer. O estuprador se acalmou, começou a mexer na minha carteira. Perguntei se podia me vestir. Ele disse que sim, mas pegou minha mão esquerda e quebrou meu dedo anular. Fez isso sem mais nem menos, por pura maldade. Não senti nada. Depois perguntou, com voz doce: 'Moça, quer que eu ajude a se vestir?'. Fiz que 'não' com a cabeça. Juntei minhas coisas e caminhei devagar em direção oposta à minha casa. De novo agressivo, ele gritou: 'Se olhar pra trás, eu meto bala!'.
Dei a volta no quarteirão, sem olhar para trás. Em casa, esmurrei a porta. Minha mãe abriu e eu me joguei em cima dela, aos prantos. Ao me ver toda suja, machucada, meu pai desmaiou no sofá. Enquanto minha irmã o socorria, minha mãe perguntou: 'O que fizeram com você, minha filha?'. Ao ouvir a voz dela, comecei a sentir todas as dores. O dedo doía, o pescoço, o corpo todo. Mas a dor maior era interior, uma dor que só quem passou por isso pode entender. Corri para o banheiro e, no chuveiro, tentei me livrar daquela sujeira no corpo e na alma. Tomei minha pílula anticoncepcional e senti um alívio ao pensar que, grávida, aquele animal não me deixaria.
Era quase 1h da manhã quando saí do banheiro. Minha mãe já tinha ligado para a polícia e para o Bruno*, meu namorado há sete anos, que me esperava na sala. Eu disse aos policiais que tinha sido assaltada. Ao me verem machucada e de banho tomado, eles perguntaram se era só um assalto mesmo. Insisti que sim. Omiti o estupro por vergonha e por pena dos meus pais.
Depois o Bruno me levou ao pronto-socorro. No carro, comecei a chorar. Não precisei falar nada. Ele só perguntou se eu tinha sido estuprada pelos dois. 'Sou seu companheiro e estou com você para o que der e vier', disse. Esse momento me marcou e me ajudou muito porque me senti totalmente amada e protegida. Depois de colocar uma tala no dedo, voltei para casa, mas não consegui dormir. Na madrugada, veio o sentimento de culpa, como se eu fosse responsável por tudo, por ter andado sozinha à noite.
No dia seguinte, fui com o Bruno a uma ginecologista. Consegui falar sobre o estupro, sem entrar em detalhes. Ela me orientou sobre as doenças sexualmente transmissíveis -aids, sífilis, hepatite B e gonorréia. Foi como levar outro soco. Chorei muito e, incentivada pelo Bruno, resolvi denunciar o estupro na Delegacia da Mulher. Fui bem atendida por uma delegada gentil, fiz o exame de corpo de delito. O ideal era não ter tomado banho antes, mas isso é quase impossível. Mesmo assim, o exame comprovou o estupro.
Ao chegar em casa, recebi uma visita da turma da faculdade, que soube do assalto. Mais de 20 pessoas encheram minha casa de alegria. Dormi mais aliviada e acordei com coragem para ir a uma delegacia normal fazer o retrato falado do agressor. Minha irmã mais velha, que deduziu o estupro sem eu ter contado, foi comigo. Que decepção. O lugar era desorganizado e tinha uma capitã que só estava preocupada em se livrar de mim, porque o policial que me atenderia tinha sido escalado para fazer o retrato falado dos assaltantes de um prédio de elite.
Resolvi me concentrar na minha saúde e procurei um infectologista. Meus primeiros exames de sangue deram negativo, mas o HIV leva de três a seis meses para aparecer. O médico sugeriu que eu iniciasse um tratamento com coquetéis. Nesse dia, minha mãe, vendo o meu nervosismo, começou a desconfiar do estupro. No fundo, ela já sabia, mas não perguntava nada. Meu pai só pensava em chamar os vizinhos para achar os assaltantes.
Fazia cinco dias que eu tinha pesadelos, não parava de pensar no estuprador. Senti que precisava retomar a vida, então resolvi ir à faculdade. Fui recebida com o maior carinho e desabafei com uma amiga, filha de um médico. Ela sugeriu que a gente fosse conversar com o pai dela. Pela primeira vez consegui contar tudo, nos mínimos detalhes. Ele me indicou outro infectologista, que me explicou que o ideal é tomar o coquetel até 24 horas após o estupro. Senão é melhor esperar os três meses que o vírus leva para aparecer. Além de conviver com essa dúvida, eu andava com medo de tudo: não conseguia sair sozinha nem ficar na casa dos meus pais, a poucos metros de onde havia sido estuprada. Fui morar na casa do Bruno.
Uma semana depois do estupro, minha mãe me ligou contando que um rapaz com as mesmas características tinha estuprado uma menina de 16 anos, virgem, no mesmo local. Indignada com o caso da menina, procurei uma pessoa do departamento de jornalismo da emissora em que trabalhava e dei uma entrevista, sem mostrar o rosto, encorajando outras vítimas a denunciar o estuprador e buscar ajuda médica. No dia seguinte, dei outro depoimento, com nome fictício, para a repórter de um jornal, que investigava uma onda de estupros na cidade. A sensação de estar ajudando outras vítimas me fez bem.
Quando a entrevista saiu no jornal, disse à minha mãe toda a verdade. Conversamos trancadas no quarto. Tirei um peso das costas e, a partir daí, pude compartilhar tudo com minha mãe. Ela contou ao meu pai. Ele só perguntou se eu era virgem no dia em que aconteceu e ficou aliviado ao saber que não. Até hoje ele chora quando vê um caso de estupro na TV.
Duas semanas depois, dois policiais me procuraram com a foto de um rapaz preso por estupro. Senti um calafrio: era ele. Soube que tinha 20 anos, era filho único de pais humildes e já tinha cometido um estupro há dois anos, mas foi solto por ser menor. Dessa vez seria diferente.
Com a intenção de me animar, muita gente vinha me falar dos sofrimentos que o estuprador estaria enfrentando na cadeia. No começo, eu pensava: 'Bem feito!'. Depois aquilo passou a me incomodar. Quando sentia raiva, procurava pensar em coisas positivas, para não alimentar o ódio. Não o perdoei, mas não desejo mal a ele. O que sinto é desprezo.
Depois de seis meses comecei a fazer terapia com um psicólogo, que durou dois anos. O tratamento me ajudou a recuperar o bom humor e a acreditar que poderia ter uma vida normal. Aos poucos, retomei a vida sexual. Logo depois do estupro, perguntei ao Bruno se ele ainda me desejava. Ele chorou comigo, disse que o nosso amor era superior a tudo. Dormimos juntos durante um mês sem fazer sexo. Uma noite, beijo daqui, beijo dali, deixei acontecer. Não foi como antes, me senti invadida, lembrei do estupro, mas procurava me concentrar no Bruno, no nosso amor. Mesmo assim, as primeiras vezes foram difíceis. Demorei mais de um ano para voltar a ter orgasmo. A dúvida em relação ao HIV também foi um tormento. Durante um ano, tive de repetir o exame a cada dois meses.
O que mais me ajudou, além da terapia e das pessoas iluminadas com quem contei, foi ter agido. Ter denunciado, dado entrevistas, reconhecido o estuprador, tudo isso me deu força para não me sentir a eterna vítima. Eu me recusei a ter pena de mim mesma. Hoje, só penso no que aconteceu quando vejo uma cena de estupro no cinema. Mas é como lembrar de um pesadelo que passou.
Em 2002, o estuprador foi condenado a 20 anos por quatro estupros -outras três moças o denunciaram. Uma delas contraiu o HIV. Achei a pena curta por tudo o que ele fez. Hoje há uma discussão em torno do aborto em casos de estupro. Acho que a mulher deve ter sempre esse direito. Se eu tivesse engravidado, como teria um filho de alguém que me fez tão mal?
Apesar do sofrimento, esse pesadelo me despertou para uma realidade distante do meu mundo: doentes terminais, saúde pública precária, polícia despreparada. Acho que fiquei mais madura, mais sensível. Resolvi estudar jornalismo e faço parte de um grupo de apoio a crianças órfãs soropositivas. Depois de dois anos, meu namoro com o Bruno terminou, mas seremos eternamente amigos. Fui morar sozinha e logo conheci o Ricardo*, com quem vivo outra história de amor. Acho que nada é por acaso, todas as dores são provas. Espero que a minha história ajude as mulheres que passaram pelo que passei a acreditar que é possível voltar a ser feliz."

http://revistamarieclaire.globo.com/Marieclaire/0,6993,EML970807-1749-2,00.html








medo

hoje tive um sonho estranho, dois caras corriam atrás de mim. Eles tinham má intenções e por um triz, não conseguiram me pegar. Na cena seguinte, eu abraçava minha mãe e chorava,chorava muito. Acordei assustada, feliz por estar segura no meu quarto.
Foi estranho o sonho, mas reflete meu medo. Medo do escuro, medo da noite, medo do medo. Medo de caras desconhecidos, medo de gente negra, medo de homem que diz "princesa". Eu vivi algo muito ruim, algo que não desejo a ninguém. A nenhuma mulher nesse mundo.Nem para aquelas mulheres invejosas ou traiçoeiras, cada um colhe o que planta e na vida,uma hora se paga. Mas não desejo que ninguém pague com a dor, com o sofrimento da coisa tão absurda que eu vivi.
Chama- se estupro. O meu durou uma hora, uma hora inteira, que não passava. Pra mim, parecia uma eternidade. Cada segundo era infinito de dor e medo. Eu só queria continuar viva, só queria voltar pra casa, voltar pro meu Brasil, para os meus quartos, os meus mundos. Para os meus pais, amigos e pessoas amadas.  Estou viva e já vai fazer dois anos,agora, por esses dias. Andando por aí, descobri outras histórias bem piores que a minha. De mulheres que foram vitimas de pessoas  conhecidas como namorado, avô, primo,tio.. e por aí vai. O meu não tem nome, nem cara, nem tenho a menor ideia de quem seja. PUTA QUE PARIU. O que afinal leva um cara a fazer algo tão absurdo, tão loco  como uma mulher. PUTA QUE PARIU.
Aprendi a ser forte, a sorrir e brincar com esse assunto. Mas a verdade, é que tenho medo. Muito medo! Medo de andar nas ruas, medo de olhar pra trás, medo de homens negros (mesmo que sejam bem vestidos). Tenho medo da noite e admiro todas as pessoas que vivem sem medo, que desfrutam a noite,adoram a madrugada.Tenho medo de andar de onibus, tenho medo de ruas escuras e até ruas claras,quandoo já é noite. Tenho medo de pedreiros, garis, homens na rua. Tenho medo de homens.
Aprendi a sorrir, a olhar pra trás e ver amor. Porque eu tive do meu lado,muito amor, muito carinho e muito cuidado. De todos os lados. Mas ainda sim, tenho medo. Depois do estupro fui tão cuidada e,não é que hoje eu não seja mais, só que a vida segue. E eu estou seguindo em frente, estou reaprendendo a caminhar por aí, a não ter medo. Mas é tão difícil. E as vezes, eu não queria sair correndo quando vejo um negro ou tremer só com uma olhada. Mas é tão difícil. é maior forte que eu.
Conheci histórias tão piores que a minha. Mulheres tão mais fortes que eu. Hoje, o meu caso de estupro parece tão pequeno, tão menos pior. Mas doí, doí mesmo assim. E eu que tento não lembrar o tempo todo,as vezes queria gritar e falar de novo. E contar, compartilhar que ainda tenho medo. Mas as pessoas já cansaram de ouvir, doí pra elas também e é melhor esquecer o assunto,ficar em silêncio. 
O problema é que isso continua a existir dentro de mim, não só dentro de mim, mas no dia a dia de milhares de mulheres no mundo.A todo instante. E por queê ? Que prazer pode ser gerado,com algo forçado?
é preciso denunciar. é preciso gritar. é preciso punir.  é PRECISO PARAR com casos de estupro!

domingo, 16 de outubro de 2011

é domingo, chove la fora. Maya e eu sozinhas em casa. Quero estudar, mas é domingo..quero dormir,mas amanhã é segunda meu bem, folhinha preta como dizem e há tanto o que se fazer...Maya me olha, me convida pra passear, mas chove lá fora e eu estou de pijama -"espere um pouco mais,Negâ" eu lhe digo com os olhos.
Gosto de chuva, a cidade ficou mais bonita. Floresceu,em todas as ruas flamboyants, ipes e  bougavilles, na verdade tem outras tantas também que não sei o nome. A "cidade do parques" agora está mais verde,convidando seus moradores a sairem de casa e passear por aí ,entre suas árvores, entre o verde, nos parques da cidade.
Não entendo bem,as pessoas que pedem tanto chuva e reclamam ainda mais do calor,quando enfim a chuva vem, se escondem atrás das janelas fechadas e ao inves de sorrir e agradecer,reclamam também da chuva. Afinal, o que querem então? 
A chuva renova, limpa,leva consigo coisas ruins e trás novas histórias, novos ciclos, nova vida..esses dias, enquanto eu ia descendo no ponto de onibus o céu escureceu ainda mais e ,então caiu o mundo em água. Talvez um pouco exagero, mas sim deu pra me molhar bem durante os 500 metros que tinha que caminhar. No começo, as gotas de água fria doiam quando caiam e confesso, também tive vontade de reclamar da chuva.Mas fechei meus olhos e pedi que ela levasse embora todas as coisas ruins que eu carregava, todas as energias, todas as histórias, tudo..não tinha outro jeito,o jeito era sorrir. Olhar pra minha roupa que se colava ao corpo e meus materias enxarcados e continuar meu caminho, nem com pressa  e nem sem ela, em passos tranquilos debaixo da noite chuvosa..

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Deveria ser proibido sumir, desaparecer. Deveria ser proibido a correria do dia a dia, a falta de tempo, o estress diário e rotineiro. Deveria ser proibido dizer palavras só por dizer, sem senti-las de verdade. Deveria ser punido quem iludisse uma outra pessoa, com palavras vazias que parecem, e só parecem, tão cheias de carinho porém, que nada são, nada significam.
Deveria existir uma lei contra o tempo, contra os bons laços que se perdem no tempo. Deveria ser absurdo afastar-se de bos amigos ou eles se afastarem de nós. Deveria ser inimaginável uma noite maravilhosa e um dia seguinte vazio, dois corpos antes unidos e em seguida, duas pessoas indiferentes uma a outra. 
Deveria ser fora da lei,o absimo que cresce entre  as pessoas, separando, consumindo e transformando-as. Deveria ser insensato  a maturidade trazer a ganância e malância.
Em verdade, não deveria acontecer a banalização do amor, do beijo,dos abraços. A maquinização do homem e de seus sentimentos, a frieza da rotina, a saudade da distânica. O medo de seguir em frente e a vontade de ficar ali, e, todas as pessoas tão incriveís que solteiras estão. Isso tudo deveria ser absurdo.
E tem mais, as crianças que não veem o céu, não brincam com outras crinças,não sabem andar a cavalo, tomar banho de rio.As pessoas que já não sabem mais ver outras pessoas,que não enchergam nada além de dinheiro. As responsabilidades que deixam de ser prazerosas e se tornam absurdas. Os amigos que se casam de deixam de ver os amigos. Isso tudo é absurdo.
É também insensato a chuva que cai e as pessoas que reclamam e se escondem que não se permitem mais o prazer de um banho de chuva ou, dos pés descalços tocarem o chão frio ou a grama verde. É insensato duas amigas,antes tão amigas, agora tão desconhecidas e é também, dois personagens,duas almas que se amaram loucamente por um bom tempo, então nem se olharem mais nos olhos.

deveriamos buscar o que é sensato, o que humano e o que ainda pode ser cuidado. O amor, o carinho, as coisas simples da vida. Um banho de chuva, um beijo bom, uma saudade boa e bem correspondida, uma notícia leve..

domingo, 25 de setembro de 2011

Não sou santa, nunca fui. Nem sou um ser completamente bonitinho, que ama a humanidade. Acredito sim em mundo melhor e que sorrindo a vida pode ser melhor. Acredito sim, que no dia seguinte,quando amanhece as coisas podem melhorar e que não há nada melhor que um dia após o outro.
Mas repito que não sou santa e que nem todos os dias sou amante da vida. Tem dias que por mais azul que esteja o céu,eu só consigo olhar pra cima e ve-lo nublado. Tem dias que chove dentro de mim. Outros que fico com raiva e as vezes queria mesmo poder explodir algumas pessoas por aí. Tem gente babaca em todos os lugares.
Eu mesmo,convivo com alguns bem de perto. Eu tento sorrir e levar de boa. Tento não dar moral, relevar, mas sabe como é, um dia a gente cansa. Um dia a gente satura. Um dia a gente chora de raiva e quer ir embora. Não me considero uma pessoa ruim.Não achou sou má. Na verdade, acho que sou até legalzinha.
Só  tenho um sério problemas com relacionamentos, principalmente com relacionamentos amorosos. Eles não dão certo. Ou eu quero ir embora e normalmente,vou mesmo -saio correndo,sem nem olhar pra trás - ou então eles desaparecem por aí, se perdem no tempo.
Em relação a amizades, eu amo fazer novos amigos. E ando sempre em frente, sentido falta dos velhos. Mas eu desapareço,sumo,me escondo num canto. Talvez eu queira que sintam a minha falta. Talvez eu só queira 5 minutos só meus. Mas na verdade acho que não sei bem explicar. 
Quando eu vejo, já sai correndo. Já sumi e normalmente não da e nem vale a pena voltar atrás. Já foi. O feito está feito. E eu sai correndo, me perdi no tempo e no espaço.Para depois olhar as fotos,com a maior nostagia do mundo e quase chorar de saudade.
Mas nunca prometi ficar quetinha ali, na verdade nunca prometi nada. Volto quando precisam de mim. Mas eu sou forte e supostamente, bem supostamente, me viro sozinha. Sacudo e levanto a poeira. Me tranco no banheiro,choro um pouco e depois sigo em frente. Mas sei que as vezes,eu preciso de mais de todos perto de mim, todos que eu perdi por aí, todos que ainda estão por perto de alguma maneira.
Mas eu não sou santa. As vezes me canso das pessoas. Fico com preguiça.Então desapareço por um tempo, sem me lembrar que todos os dias nós mudamos, cada dia um pouquinho. Mudam- se os sonhos, os planos, os namorados, as histórias, as metas, as responsabilidades. Muda cada um e cada um se torna quase que outra pessoa depois de um tempo.E nem todos aceitam de porta aberta o meu retorno. E as vezes, não é só por não aceitar,é que já não me cabe mais ali..fiquei só com uma foto antiga na mémoria. Eu mudei muito, o outro também. Nosso relacionamento ainda mais. 
É uma pena. Passaram pessoas maravilhosas pela minha vida. Algumas, eu fugi. Outras se perderam com o tempo. Não importa mais, agora é só lembrança. Saudade, dorzinha no peito. Fotos antigas guardadas na gaveta da memória..
Acho que perdi o foco do meu texto.Eu falava sobre mim. Sobre o julgamento que as pessoas fazem sobre mim.Acho que era essa minha ideia inicial do texto. Me perdi um pouco, mudei a direção. Espero que não tenha mesmo problema. Eu só queria que as pessoas parecem de me julgar. E que também paracem de me odiar. E mais ainda, eu queria companhia. 
Porque hoje a solidão não mais como a do post passado,não é gostosa e necessária. Ela (a solidão) cresceu mais do que eu queria. Perdi o controle e  levei um fora. Sumi um pouco e me sinto sozinha. Pra quem ligar? Com quem eu realmente posso conversar? Me abir? Contar o que estou sentindo? 
E o que fiz com meu charme? Ainda tenho olhos verdes, mas não sei mais se consigo fazer  um cara sair da colombia e vir me ver. Só de olhar e desejar, fazer com que o cara também me queira...
Talvez seja TPM.De todos modos é como diz a música do Renato Russo, que eu estou triste mas me deixa aqui sozinho que logo passa...
boa noite,

domingo, 18 de setembro de 2011

solidão necessária

Lá fora é um dia qualquer, um domingo ensolarado.Cidade vazia, pouco movimento na ruas. Mas eu me permiti me "dar" o domingo! Pulei da cama  super cedo, desci um pouqinho com Maya - mas a Maya late muito e nosso passeio não foi muito longe- e depois de deixa-la de novo em casa,peguei minha mochila e sai. Fui para meu esconderijo ( a casa da minha avô, que as vezes fica fazia porque ela e meu avô vão passar uns dias na fazenda) .
Troquei de roupa, fui correr no antigo Zoologico. Fiquei feliz, dei 5 voltas!! 3 correndo!! É bom começar a entrar no pique já, pois pretendo ir pro México em janeiro e lá minha familía adooora coorrer.É bom que além de entrar em forma,já pego o ritmo já!
Em seguida da minha corrida, voltei pra casa da minha avó, tomei um banho e pronto. É um dia meu. A casa só pra mim. Momento de leituras, de pesquisa, de resolver coisinhas. Momento bom. Uma solidão necessária,que acho que todos deveriam ter. Um dia só pra si, tirar uma folga da família, dos amigos, dos problemas.
Concordo, que ficar sozinho sempre é muito ruim. Mas de vez em quando, certas doses de solidão fazem bem.Faz muito bem, naquele momento de estress ,por exemplo , quando se quer explodir o mundo e pra não brigar,é melhor um pouco de isolamento. Quando se está muito triste, é bom um ombro amigo pra desabafar mas pra chorar mesmo,melhor estar só. Para organizar a vida, pensar nas soluções e também nos problemas.
 Além do que,dormir acompanhado é uma delícia porém por a cabeça no traveseiro depois de um dia difícil,ou até mesmo de um dia muito bom não tem preço. Eu também me inspiro melhor sozinha, principalmente falando de cozinha. Engraçado é que não gosto muito de comer só eu e o prato,é melhor alguém tem alguém por perto. 
Não sei se sou eu, se é um pouco minha história de vida ou meu jeito de viver a vida, mas faço quase tudo sozinha desde cinema, caminhada, shows, teatros a viagens, planos, sonhos e metas. Gosto de pessoas, gosto de gente, amo fazer novos amigos mas nada tira a minha necessidade de momentos só meus. Hoje é um desses, esse domingo é só meu.
Tirei uma folga de tudo, pra fazer várias coisas e também pra conviver um pouco mais comigo mesma.Eu e eu mesmo estavamos com um pouco de saudade uma da outra..

sábado, 17 de setembro de 2011

um dia atípico

Acho que minha história, essa que vou contar agora, começa na quinta feira.Fui ajudar minha mãe na Flicka, fui de carro ouvindo musicas aleatórias do pen drive do meu irmão. Zé ramalho, meu irmão adora ele. Em uma das músicas me perdi em lembranças...com carinho voei até um momento gostoso - um dia frio, um chão gelado, um cara muito bancana. A canção ficou na minha cabeça. A noite, já em casa compartilhei a frase em especial no facebook.
Para minha surpresa, eis que o cara das lembranças curtiu a minha frase. Sorri, não resisti e fui da um "oi" pra ele. O "oi" virou um conversa, que talvez (espero mesmoo que sim) vire uma visita (quem sabe, até mais de uma..). Mas enfim, o que aconteceu foi que fui dormir super tarde conversando com ele. Entre besteiras, torca de carinhos e coisas sérias. Dormi já era mais quase 4 horas da manhã..
No dia seguinte, pulei da cama. Fui correr. Surtei, cortei o cabelo. Me olhei no espelho e me senti bonita. Pensei com carinho na conversa do outro dia, "podia mesmo dar certo, vê-lo de novo! Espero que dê certo e que seja sim maravilhoosoo!" , isso acompanhou meu dia.Mas não deixou de fazer com que ele seguisse normalmente seus rumos. A sexta feira passou meio batida.Tive um leve desentendimento com meu pai no almoço. Chorei minhas magoas para meu "chefe". Vi quem eu não queria ver..
Fui pra aula que por sinal acabou mais cedo. Comemorei calada e fui pra casa. Peguei um onibus vazio,o que me deixou muito feliz - confesso!. Sentei (aí como é bom sentar e finalmente ira pra casa! Era sexta feira, a semana com seus altos e baixos tinha terminado e eu só queria mesmo ir pra casa) e estava com muita preguiça pra poder ler.Acabei dormindo.
Porém dormi meeeeesmooo!! Nunca tinha feito isso dessa forma. Já havia cochilado algumas vezes, mas dormir,apagar e perder o ponto. Nãoooo, isso nãaao! Pois é, capotei. Dormi que nem vi meu ponto passar e quando acordei meu onibus voltava pro mesmo lugar  aonde eu tinha subido, o Campus da Ufg, que é fora da cidade. Quando abrir meus olhos me desesperei! Demorei um pouco pra realmente saber aonde eu andava!! "Ai meu Deus!! Comooo volto pra casaaaaaa?" Que medo. Que vontade de chorar. Demorei uns 5 minutos pra me situar.Olhei em volta, o onibus antes vazio agor tinha bem mais gente. "Aonde esse povo todo vai a essa hora!! Fazer o quê naquela longuraaaaa?" eu pensava.
Enquanto tentava me situar, olhei pro lado e vi uma conhecida. Acho que fiquei vermelha.Me deu muita vergonha. Será que ela me viiu mesmo? Aiiiiiii! Olhei pra fora, estava tudo bem escuro. Era sexta feira. Mas só alguns lugares da cidade mudam de cara as sexta feiras, lugares badalados.Outros tantos, continuam iguais.Ruas escuras, silenciosas e pessoas que caminham apressadas indo enfim para suas casas depois de dias cheios..
Não tinha mais nada a fazer. Descer podia ser píor. Era torcer para não ser a última viagem do tal onibus.Eu não tinha dinheiro e e não tinha jeito (outra maneira,digo)  de voltar pra casa. Quando enfim o Onibus parou, só me restou ir lá conversar com o motorista. Ele riu.Né? Todos riram quando contei essa história.
Mas ele ficou com dó de mim. Disse que eu podia continuar no onibus, só que agora ele ia fazer outra rota,mas ela também me servia ( tudo podia me servir naquele momento, que me levasse ao menos de volta pra Goiânia) . Esperei. Era o intervalo do moço- motorista.
No fim deu tudo certo. Cheguei em casa bem! Demorei duas horas mas cheguei! E foi bacana, voltei conversando com o Motorista que se chamava André (gosto do nome. Conheço pessoas legais que tem esse mesmo nome) .
Aprendi bastante sobre os onibus e vi ainda mais, como as pessoas passam por outras pessoas e não as olham, nao enxergam.André me disse ontem que para o passageiro os motoristas fazem parte da maquina. É verdade, sentada ao lado dele ontem,mais que vi - eu vivi isso por uma uma hora.
Quando ando de metro, sempre fico pensando que o motorista faz ainda mais parte da maquina. Porque simplesmente não o vemos. Mas a verdade é que não enxergamos muitas vezes as pessoas. A atendente, o moço do caixa,a mulher da padaria, o pessoal da faxina e até mesmo professores, colegas de sala,pais, familia..Quantas vezes, quando olhamos para o pessado, simplesmente não vemos muitas pessoas nele.
E cada vez mais, cada um no seu mundinho seja celular, música ou livro. Cada um com que seu umbigo e o mundo que "se dane". Não vemos as pessoas, não vemos a cidades e não vemos mais a vida  que passa.Os momentos que se perdem, as coisas maravilhosas que deixamos de sentir por não ver!
Como disse um tema de redação de uma prova qualquer, "o olhar precisa aprender a enxergar" e nós precisamos reaprender a viver,a perceber e sentir o mundo diante dos nossos olhos.

um pouco de esperança

Foi uma das cenas mais bonitas que vi na minha vida. Era um dia qualquer, mais o menos meio dia. Onibus cheio, lotado não, mas bem cheio.Eu estava em pé no fundo,pensando na vida..Então entrou um moço, que ia falando "segura firme, beeem firme". Olhei,olhei de novo, mas não via a pessoa com quem ele falava. Não tinha entendido ainda e o moço continuva a dizer "se agarra, segura firme". Por favor, não pensem besteira. A cena é mesmo linda.
Aos poucos, quase que driblando as pessoas o tal moço foi se aproximando e "passou" por mim. Quero dizer que isso tudo  dentro do onibus cheio quase meio dia,em um dia qualquer..E aí, eu vi agarrado as pernas do homem um menininho de no máximo uns 4 anos, loiriiinho de cabelos cacheados,segurando bem firme a barra da calça jeans do pai. O homem - o pai- tinha mais o menos uns 32 anos. Tennis marron, calça jeans, blusa preta, aliança do dedo. Meio gordinho e careca. Não, ele não era bonito. Mas aquela cena do meninho agarrado a barra da calça do pai,era realmente bonita. Pais com crianças são sempre uma coisa muito bacana de se ver por aí.
Claro, alguém legal cedeu o lugar pra ele e pro filho. O meninho olhava com atenção todas as pessoas "grandes" a sua volta. O pai o colocou no colo. Depois de alguns pontos desceram e ainda consegui ve-los entrarem em uma clinica medica..
Ainda existem coisas legais de se ver por aí. Nem tudo é só "odio e destruição".Ainda há esperança de um mundo melhor! De um mundo com mais amor..

terça-feira, 6 de setembro de 2011

dez reais.

O vi de longe. Ele distraido com o celular,não me viu. Eu também ia mexendo no celular,mandando mensagem para alguém, mas estava um pouco menos concentrada. Pensei em dizer algo, em falar alguma coisa ou até mesmo se dizia "oi" ou não. Ele enfim me viu, me olhou,sorriu e me pediu dez reais emprestado.
Ah? Como assim, 10,00? Pra quê? Por quê pra mim, justo pra mim? A gente mal ta conversando. A gente mal se vê, mal se olha, mal se cumprimenta. E ele me pede 10,00 reais emprestado? Ah? Comoo asssim?
Eu,sorri de volta e tirei o dinheiro da minha carteira. Entreguei na mão dele. Tinha tanta coisa pra falar,mas nenhuma palavra saiu.. Ele sorrindo foi embora. Ainda sim, isso ficou na minha cabeça o dia todo. Por quê afinal ele me pediu dez reais emprestado, justo pra mim?
Será que ele se aproveitou da minha dificuldade de dizer não? Será que ele quis ver minha reação? Será que queria me dizer algo mais? Será que agora que me vê soltera e ele acompanhado se sente por cima? Será que... fiquei imersa em muitos pensamentos  durante todo o dia e se era isso que ele queria, ele conseguiu! Foi então que um amigo  rindo me disse " acho que você perdeu 10,00 reais. E que ele só queria mesmo o dinheiro. Relaxa vai! "
Não sei..ainda fiquei pensando no assunto por um tempo. Eu queria que fosse o começo de uma reconciliação. Não pra voltar, mas pra passar do bom convivio e sermos quem sabe, um pouco mais amigos. Não depende de mim. E não sei bem o que foi esse lance dos 10,00. Tinha tanta gente perto dele o dia todo, tinham tantas outras pessoas que ele tem muiitooo mais intimidade por perto. Por quê pra mim?
Eu queria mesmo que a gente fosse amigo. Que tudo ficasse bem. Que toda essa competição, esse mal estar,esse clima evapora-se. Sumi-se. Sublima-se. É tão estranho. Gosto muito dele,tenho um carinho grande por ele. Desejo muito que ele seja muito feliz. E sinto sim, saudade. Porém saudade dentro do ambiente de trabalho, das ideias. Sinto vontade de conversar. Mas não mais de beijo, de intenso. Não assim..
Não sei o que passa na cabeça dele. E quem sou eu pra falar de respeito, ou de falta de respeito. De consideração, ou então que fiquei chateada..não fui a melhor pessoa do mundo.Não dei conta de ser. Mas depois do ultimo email, tenho medo de dizer qualquer coisa. E prometi a mim mesmo que não vou dizer..
Mas com o tempo as coisas se acalmam,esfriam. E isso vale tanto para o amor, como para o odio.Então, é deixar estar. Mas continuo me perguntando," por que ele me pediu 10,00 reais emprestado? Por que pra mim?" .

domingo, 14 de agosto de 2011

Passos Pela Rua Marcelo Mira


Enfeitou a casa
Mas não acreditava
Que o amor ainda pudesse chegar
Pela madrugada
Linda ao pé da escada
Esperou sentada pra não se cansar

Passos pela rua, lá vem o amor
Vem cambaleando entra pra um café
Sem carro do ano
Sem anel dourado
Na mão uma rosa
Sapato furado

Passos pela rua, lá vem o amor
Vem sorrindo alto, lá vem o amor
Hoje ela já sabe que o amor é raro
Hoje ela passeia com o amor ao lado

Se liga que lá vem o amor
Abre as portas que o amor chegou
Deixe-se levar enquanto ainda é tempo
Deixe-se levar pra sempre

Passos pela rua, lá vem o amor
Vem cambaleando entra pra um café
Sem carro do ano
Sem anel dourado
Na mão uma rosa
Sapato furado

Passos pela rua, lá vem o amor
Vem sorrindo alto, lá vem o amor
Hoje ela já sabe que o amor é raro
Hoje ela se deita com o amor ao lado

http://www.youtube.com/watch?v=AVgmh1WlhNI


adoro esse filme. é um filme brasiliero, levinho. Que conta uma história de encontros e desencontros..de amor. E de pessoas tão diferentes, mas que se adoram. É um daqueles filmes que sei as cenas de cor, ja vi vaaarias vezes. Tenho isso, de gostar muito de alguns filmes bobinhos de amor e ve-los sempre. Hoje é um dia desses, que me deparei com um dos filmes que adoro. Não resisti, vi mais uma vez. E ainda vi o pedaço que eu mais gosto (que acabei de deixar o link no outro post) em ingês,português e espanhol.
Estou em momento de pensar muito na minha vida, no futuro, no passado e no presente...e acho que é hora de seguir em frente. Talvez eu fosse nova e boba, ou ainda hoje, nem sei nada sobre o amor. 
Mas sou cabeça dura e não escuto as pessoas. E agora estou com muita vontade de escutar uma grande amiga minha,é hora de deixar certas coisas pra trás..foi bom,foi legal,foi lindo..mas é hora de seguir em frente de verdade. Eu disse que esse era o meu ano de seguir em frente! É isso que quero fazer,seguir em frente de verdade! É já está na hora de fazer isso. Mas as vezes eu penso que não sei bem como fazer isso..fico olhando pro passado e querendo cultiva-lo,revive-lo,reinventa-lo..mas as coisas não voltam e se forem de novo, serão completamente diferentes. É preciso deixar partir..e também é preciso partir..esta na hora,de na minha vida, fazer as duas coisas..
é hora de seguir em frente de verdade. Esse é o meu ano. Essas são minhas novas oportunidades!
é hora de deixar certas pessoas só no passado..com um carinho imenso por tudo maravilhoso que foi vivido. mas é hora de seguir em frente!
http://www.youtube.com/watch?v=mC4U-ZcoGDk  


"dime que es lo que TU queres..."



terça-feira, 9 de agosto de 2011

eu escutei a música  da Pitty. Essa é ainda mais clara que todas as outras..." não espere eu ir embora.." diz a letra, e você,ela,nao sei bem quem, tem razão.
Será que alguém mais está lendo nossas conversas em entrelinhas,tão diretas, no nossos blogs? Será que alguém esta acompanhando isso tudo? Sera que alguém ainda esta nos escutando falar um do outro..? Não sei..mas so quero dizer,que hoje entrei no seu blog.
Tenho entrado no seu facebook. E não sei como vai ser te ver,um dia desses no Cl, ou na @ Go. As vezes sinto uma falta imensa da ajuda do VIP TM, dos bons comentários que ele sempre faz.As dicas e conselhos dentro da @.
Mas dizer que errei, eu não sei bem.E  continuo achar que é melhor assim.. desculpe, de verdade. E tudo o que tenho a dizer é que desejo imensamente que você seja muito feliz. Torço muito por você. Muito! Cada vez que escuto falarem de você, perguntarem por você..penso em como te quero bem,como te desejo bem. Acredite, é sincero.
Quem sabe um dia, poderemos ser amigos. Mais que bons profissionais? Espero que sim, mas independente disso,hoje e sempre olho pra suas fotos, pra você com um carinho imenso. Obrigada, obrigada mesmo por tudo. Você é uma pessoa maravilhosa. E só o que te desejo são coisas maravilhosas!
Talvez um dia você me entenda..ou talvez nem eu me entenda..mas é fato e já foi..Assim deve de ser então,melhor pra nos dois. Te cuida muito, de verdade.
Um beijo, 


terça-feira, 21 de junho de 2011

Mudei o visual

Resolvi mudar o visual. Sentei e disse "ok. sou covarde, não gosto de cortar o cabelo,mas você pode ficar a vontade e cortar como achar melhor. Só não exagere.!'. Ele sorriu e cortou.  Eu gostei.
As vezes é bom mudar um pouco o visiual, dar uma cara nova pra nossa velha cara. Se olhar no espelho e se ver um pouco diferente, mesmo sabendo que  ainda é você mesma.
Eu já queria cortar antes, mas agora eu quis ainda mais, dar um "tchan" no meu visual. Algo do tipo "vida nova". Não que a vida velha tivesse ruim,não, não era isso. Só que esse é um ano diferente pra mim, estou me encontrando, me permitindo ser egoísta pra poder achar o melhor caminho.
Foi essa a minha promessa para 2011. Esse é o meu ano. Esse ano eu ia viver pra mim, fazer o que quero.Não que antes não tenha sido assim, mas eu sempre colocava os outros em 1o plano,esse ano não. Pelo menos esse não. É a minha chance,minha hora,meu momento.
E caramba já foram 6 meses! Já topei com babacas, com caras legais,com pessoas interessantes. Já entrei em confusões, brinquei com fogo e acabei me queimando. Idealizei pessoas, coloquei em alguns o que sentia de melhor em relação a algo novo.Já quebrei a cara, levei um fora, chorei sem razão. 
Fiz sexo sem comprisso, querendo um dia seguinte. E quando enfim encontrei, o meu dia seguinte, sai correndo. Me assutei, olhei pro lado e dessa vez,não vi ninguém mais. Diferente das outras vezes que sai em disparada, dessa não tem mais ninguém. Não é o desejo por outro,a vontade de cair na balada ou em outros braços. Pela 1a vez, é eu e eu. 
Eu e meus medos. Eu e minhas responsabildades. Eu e minhas confusões. Eu e minhas promessas. Eu,eu, e eu. Desculpe, preciso de um tempo.Vou me fechar um pouco pra balanço, estudar mais e fazer algo que a muito tempo eu não faço, dar um tempo pra mim mesma. 
Nos ultimos meses sai atropelando meus sentimentos, superando uma coisa com outra mais intensa. Terminando algo e já começo outra coisa. Confundindo os nomes,as histórias, correndo, me escondendo, tentando não cair. 
Desculpa, não é você. Você é uma pessoa maravilhosa. Mas eu realmente preciso de um tempo, preciso colocar as coisas aqui dentro em ordem e acertar algumas contas com meu passado antes de me entregar de verdade. Eu preciso de um pouco mais que 5 minutos.. e não, não estou pedindo pra vc me esperar. Ao contrário, não faça isso. Esperar alguém que pode não voltar,é muito ruim. E você não merece isso. 
Você merece ser feliz, seguir em frente e encontrar alguém bem legal, que te mostre que o amor existe e que pode te fazer feliz. Infelismente eu não consigo ser essa pessoa. Não agora. Não tão cedo.
Só tenho coisas boas pra te desejar, de verdade. E se estou sorrindo pensando em você, não é por não ter saudade,por não gostar,por não te querer ao meu lado.Mas por ter certeza de que tudo que vivemos, foi lindo. E isso me faz sorrir, o quanto você me fez bem e o quanto te quero bem, me faz sorrir.
Espero que um dia você me perdoe, por ter machucado tanto você. Nunca foi minha intenção. Espero também que nosso proximo encontro seja bom....sabe, você merece um post. Um post todo pra você. E ele vai vir, deixa só eu conseguir organizar minhas ideias.
Mas por enquanto, eu só queria dizer que cortei o cabelo,mudei o visual e estou mudando de atitudes.."vida nova". Quero seguir pra frente, pra melhor. Crescer e melhorar.obrigada, por ter passado na minha vida, me ensinado coisas boas... a gente se encontra por aí. Logo,logo..

terça-feira, 7 de junho de 2011

 



Eu gosto muito dessa foto, foi no casamento da minha mãe com meu pai. Ela tinha 17 anos (uma menina!) e  tava gravida de três meses do irmão. Sempre brinquei, que ele foi no casamento, meio escondindo mas foi...
O Casamento foi num fim de mundo, numa cidade sem assafalto (dizem que nem água tinha direito..),isso só pode ser ideia do meu pai.Essas ideias meio malucas que tem TUDO pra dar errado mas da certo no final e todo mundo gosta,só pode ser coisa do meu pai.
Meu pai parecia uma Beatles:  barba,oculos fundo de garrafa,magro,muitoo magro. Nas fotos ele está com uma cara horrivel, tipo "que merda eu to fazendo!" . Mesmo assim,acho que ele gostou muito da minha mãe..não sei..
Minha mãe,estava buchechuda e radiante. Linda.
Olhando hoje pra trás, acho que eles tiveram um carinho muito grande um pelo outro,mas não amor,amor.Mas mesmo assim,ficaram 16 anos juntos..penso que durante esse tempo tiveram muitos momentos felizes!E alguns não tão bons assim...
Divorciaram.Cada um seguiu sua vida, cada um para um lado e os pra frente. os dois cresceram muito depois do divorcio. Mas acho que os dois ficaram meio perdidos..e que as vezes deve bater uma saudadizinha..não do romance,do amor..mas de tudo que viveram juntos, da companhia, das festas...
 E bem, essa foto, foi no dia do casamento. Mais ou menos setembro de 87. É meu avô,dando "as boas vindas" a minha mãe. A meneira como ele olha pra ela, com esse carinho infinito no olho, é a mesma até hoje. Acho que é por isso que eu gosto tanto dessa foto! Pelo carinho infinito demonstardo nela e continua até hoje..essa foto vai pra minha casa,assim que eu tiver uma casa só minha.

domingo, 5 de junho de 2011

o seu medo me dá medo.

Tenho medo do seu medo.
Tenho medo de atropelar as coisa, forçar a barra, passar o carro na frente dos bois. Tenho medo de não ser bem aquilo que você pensava,de não corresponder as suas expectativas. Tenho medo de você ir embora,mesmo  sabendo que eu também posso ir.Tenho medo de me abrir de verdade, me permirtir,sentir, me envolver e aí  "tchau tchau".
O seu medo é claro. E a minha vida é um livro aberto,mas tem paginas que você não leu,que pouca gente leu. Talvez fosse uma parte chata,aí pularam algumas paginas.Só que agora essa parte faz falta pre entender a história. Pode-se até voltar e reler,mas talvez  não encontre bem o exato paragrafo pra enteder o agora.
As vezes me sinto meio perdida,não com você. Você é um cara tão legal. E quero ficar,ali sentada do seu lado.Mas quando te olho e vejo você com o pensamento longe,me dá um medo tão grande. E sou covarde,confesso. O seu medo me dá medo. E eu aprendi a correr do medo..Mesmo tendo escutado muitas vezes pra enfrenta-lo.Com você,eu tenho vontade de ficar, já falei isso. E engraçado, como você apesar de as vezes me afastar,logo me puxa pela mão, me da um beijo e me faz ficar. Só mais um pouquinho,um pouquinho que vira um pouco mais. Você me da vontade de pagar pra ver. Ver até onde vai, ate onde vamos. De me tranquilizar e ver se você vai surtar, seja pra seguir em frente ou pra sair correndo. 
Apesar de que as vezes tenho a impressão, ou melhor a sensação - quase um precentimento, de que você é sincero e simplesmente cumpre o que fala e deixa estar..e eu que falo, converso,sou a que vai surtar.E posso estar errada,mas acho que você brinca de me testar. Você, talvez, vê nos meus olhos todo esse texto,tudo o que sinto e sente,sabe, que eu posso ir embora.Mas você sorri, diz que deixa estar e joga a bola na minha mão.A decisão pode ser minha, mesmo não sendo só minha...
Vendo o jogo assim você parece  mau. E se mistura, se confude, com tantos outros.Então cria em mim novos medos, outros medos.Medo de doer, de viver aquilo que ja vivi e não gostei. Você me da vontade de seguir em frente,deixar os meus medos no passado e aprender a ter novos medos com você. Sério, você me faz bem. E eu tenho vontade de ficar..
Todos antes, todas as memórias, todas as minhas dores de cotovelo são "saradas" perto de você.Eu quero fazer você se sentir assim também,bem. Sabe, deixando o passado láa..E indo pra frente, porque a vida segue.A sua história é clara, seu medo é um porque as coisas foram assim. As minhas histórias são mal contadas,todas pelas metades,vividas intensamente mas muitas vezes,mal contadas. Sempre tento o preto no branco,a coisa é ou não é assim. Só que  nem que sempre consigo.Entre tons de cinza e coisas bem colorias, as minhas histórias se perdem,ninguém mais acompanha. Talvez um ou dois leitores fieis...mas acho que nem mesmo esses..
E por isso meus medos se misturam..são tantos e nehum. E talvez o mais importante e que você não sabe,é que assim como você eu também estou seguindo em frente de uma história longa.Mesmo a sua sendo mais bem contada que a minha, a minha também é uma boa história..ele é um cara muito bacana. Mas..enfim a vida segue em frente. E eu preciso seguir.Ele já seguiu a dele tem tempo...só que ele não tinha medo,me abraçou forte e disse que tudo ia ficar bem,o resto não importava.
Não quero comparar vocês. Vocês não são comparavéis.São duas pessoas muito diferentes em momentos muito diferentes da minha vida. Sabe, acho que eu só queria mesmo saber o que passa na sua cabeça,enquanto você olha pra tão longe e tão dentro de você.

sábado, 4 de junho de 2011

Depois da palestra de quase duas horas sobre a Coluna Prestes,o auditório ja estava vazio, muita gente já tinha ido embora.Então esperei e me apoximei dela. 
Linda. Estava tão perto dela, tão proximo que tinha que fazer pelo menos uma pergunta, conversar um pouco, ouvi-la de perto. Claro, perguntei sobre o filme da vida da Mãe dela - Olga.
Anita Leocádia Prestes,sorriu e me disse que o filme foca muito  no romance dos pais dela (Olga Benário e Luiz Carlos Prestes ) .Que o romance sim existiu, mas nunca foi o foco principal da história do casal,da vida deles. Eles eram revolucionarios, amantes de causas maiores que o puro amor de um homem por uma mulher. Se amaram muito, mas esse amor sempre esteve em segundo plano.
Foi muito bom ouvir Anita, ainda mais de tão perto..é interessante como pessoas que são tão normais quanto qualquer outras,feitas de carne e osso como eu ou você,se tornam tão importantes e tão extraordinarias pelo que viveram, ou por fazer parte de uma história muito conhecida, ou por serem foda.
Eu conheço pouco da Anita Leocádiadia Prestes, conheço mais sobre seus pais. Sobre o que fizeram, como viveram intensamente suas vidas e dedicaram  a uma causa.Como lutaram e acreditaram em mundo melhor.  E poder conhecer de perto a Anita, parece poder viver,ou sentir mais proximo um pouco dessa história que leio tanto em livros por aí. Ela faz sentir que tudo foi mesmo real, que foi verdade e que está mais perto de nós essa história do que imaginamos.
Me sinto honrrada de poder ter conversado com ela. E dos meus idolos que não estão mais vivos, queria poder conhecer os decendentes de cada um. Sei que não são e nem serãos seus pais. São outros seres humanos,parecidos ou diferentes,que amam ou adeiam ser fomosos por serem filhos de alguém. Mas esses filhos de figuras famosas, são os pedacinhos que restam, as pecinhas que ficaram e ainda estão no jogo. A esperança de um contato que não foi possivel. A realização de um sonho...         
 Conhecer Anita, foi realizar um sonho. Um sonho lindo,do qual acordei imensamente feliz!  

sexta-feira, 27 de maio de 2011

foi no minimo engraçado ( no momento).

Era uma sexta feira,normal como todas as outras.Eu me sentia cansada como em todas as outras,feliz pelo que fiz,pelo que realizei e triste com o que não consegui cumprir,não fiz. Normal, como toda sexta feira. Entrei no onibus, que não estava cheio mas tinha todos os lugares ocupados.
Estava bem em pé. Casanda,mas pensava comigo mesmo que logo chegaria ao meu destino, seja qual fosse - em Goiânia tudo é perto. Então eu me lembrei, que no México quando andava de metro, eu me sentava no chão sozinha..alguns diziam que isso era vergonhoso,ou absurdo. Simplesmente não me importava. Sentava mesmo,sem importar com nada  e ficava viajando no tempo,esperando o ponto  de descer.
Mas,voltando pra Goiânia,pro dia do onibus- então eu olhei pra uma menina que pareceu ter a mesma ideia que eu.Caminhamos juntas até a porta e nos sentamos ao mesmo tempo,na escada do onibus. 
Começamos a conversar e logo,nos apresentamos:

- Me chamo Luiza
-Serio, eu também
-O seu é com z ou com s?
-com z e o seu?
-o meu tambéeem! O seu tem ascento?
-Não, o seu tem?
-sim,sim.

a conversa foi pouca e não trocamos contato. A história não é nada de mais,mas foi no minimo engraçado no momento. Encontrar outra Luíza e sentar no chão do onibus com ela foi legal. adoro pessoas que não simportam tanto com a aopinião dos outros. x)~

quinta-feira, 26 de maio de 2011

oi!

acho que tudo deve comçear com um "oi". Então, Oi.
esse é o começo de um novo projeto, um novo blog com novas ideias,novos textos,novas mensagens.
como todo novo projeto,ele começa discreto e vai crescendo aos poucos. Começa ainda meio sem jeito, meio sem forma,meio sem graça. E aos poucos vai crescendo, ganhando espaço,ficando a vontade...
Então esse é o 1o passo,que é sempre o mais difícil. Os outros passos são cada vez mais macios,mais gostosos..até que se acostuma a caminhar.E é essa a minha intenção com esse meu novo blog, voltar a escrever! Mais que escrever por escrever, quero me obrigar a cultivar esse novo espaço, quero fazer um esforço de colocar no papel (ou melhor,no blog)  o que tenho vivido,sentido,feito por aí. Quero reaprender a me
expressar e  a dizer o que sinto e penso.
Espero que eu tenha alguns bons leitores para me acompanhar nessa nova caminhada e,que me ajudem e incentivem a cultinuar meu projeto. Desde já,muito obrigada.
E uma ótima quinta feira pra todo nós! x)~