domingo, 16 de outubro de 2011

é domingo, chove la fora. Maya e eu sozinhas em casa. Quero estudar, mas é domingo..quero dormir,mas amanhã é segunda meu bem, folhinha preta como dizem e há tanto o que se fazer...Maya me olha, me convida pra passear, mas chove lá fora e eu estou de pijama -"espere um pouco mais,Negâ" eu lhe digo com os olhos.
Gosto de chuva, a cidade ficou mais bonita. Floresceu,em todas as ruas flamboyants, ipes e  bougavilles, na verdade tem outras tantas também que não sei o nome. A "cidade do parques" agora está mais verde,convidando seus moradores a sairem de casa e passear por aí ,entre suas árvores, entre o verde, nos parques da cidade.
Não entendo bem,as pessoas que pedem tanto chuva e reclamam ainda mais do calor,quando enfim a chuva vem, se escondem atrás das janelas fechadas e ao inves de sorrir e agradecer,reclamam também da chuva. Afinal, o que querem então? 
A chuva renova, limpa,leva consigo coisas ruins e trás novas histórias, novos ciclos, nova vida..esses dias, enquanto eu ia descendo no ponto de onibus o céu escureceu ainda mais e ,então caiu o mundo em água. Talvez um pouco exagero, mas sim deu pra me molhar bem durante os 500 metros que tinha que caminhar. No começo, as gotas de água fria doiam quando caiam e confesso, também tive vontade de reclamar da chuva.Mas fechei meus olhos e pedi que ela levasse embora todas as coisas ruins que eu carregava, todas as energias, todas as histórias, tudo..não tinha outro jeito,o jeito era sorrir. Olhar pra minha roupa que se colava ao corpo e meus materias enxarcados e continuar meu caminho, nem com pressa  e nem sem ela, em passos tranquilos debaixo da noite chuvosa..

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