domingo, 30 de outubro de 2011

mãos

Como colocar tudo que sinto em palavras? Como descrever todo o sentimento, todo o momento com palavras? Como? Tentarei da melhor forma,prometo.
Já era madrugada, final da festa. A música,chiava ao fundo e aos poucos o lugar ia se esvaziando. Cansada em sentei no chão, a noite tinha sido boa, mas não tãoo boa quanto eu imaginava. Me sentei, havia tomando um pouco de álcool, estava alegre e o mundo rodando um pouco. Sono,queria ir pra casa dormir.Mas eu estava de carona..sei que então olhei pra cima e ele estava do meu lado.Puxei a barra de sua calça, ele olhou pra baixo,sorriu e logo se sentou ao meu lado.
Em poucos minutos,outras pessoas se juntaram a nós. E não sei bem dizer,quando foi o momento exato,mas então nossas mão se encontraram. A dele mais branca que a minha,macia e quente. Foi algo tão especial, tão cuidadoso, tão quentinho. Mas eram e foi só, o encontro de duas mãos. Não teve beijos, não teve amaço, teve só aquilo, duas mão que perdidas, se acharam, se encontraram e não mais se soltaram.
Ele, o dono da mão, tem um nome que eu adoro.Mas um nome que tenho medo, Diego. Adoro esse nome, já sonhei com uma pessoa,com esse mesmo nome, que ainda nem conheci,milhões de vezes..Na verdade, no meio das minhas tristezas, dos meus desancatos, sempre me consola o meu sonhado e imaginário Diego.
Esse não se parece com o meu, é tão menino.Gosta de anime e conversa, com uma doçura e ao mesmo tempo com uma inocência, como se não houvesse malícia. Me olha, com encanto,com cuidado, mas não com desejo, não o desejo da carne.
Um dia desses, nos encontramos por acaso saindo da faculdade, conversando coisas bobas,entramos no onibus,passamos o ponto certo e continuamos a conversa por um bom tempo. Então eu olhei para o relogio, ja era tarde e era hora de ir embora. Sorri e me despedi.. ele não veio atrás de mim e nem eu fui.
E então, outra vez, por acaso, nos encontramos na festa e no final dela, nos mãos derão se de encontro. Silêncio, nada falavamos,nada fizemos. Só aquele momento incrivel,mão unidas. Carinho no olhar.
É sempre estranho, sempre intenso.Mas qualquer brisa, me faz olhar pro lado. E naquela festa fantasia, um príncipe se sentou do meu lado. Já conhecia e,naquele noite o conheci ainda mais. O beijei, mas ele não me deu muita moral. Foi um beijo e só. Mesmo assim, se sentou do meu lado.Me perguntou se meu amigo,era gay. Me assustei, olhei para as mão entrelaçadas, olhei para aquele rosto de pele mais branca que a minha, de doçura e carinho no olhar e então,minha mão desgrudou da dele. 
Sua mão, ainda buscou a minha. A minha razão, emoção e o principe, deixaram minha mãos sozinhas no meu colo. Sem graça e confusa, me recolhi. Tangi sem querer,o Diego.Ele se lavantou, inventou uma desculpa e foi embora.
 A magia da noite se quebrou e as mão se perderam.
Fui embora e acordei, lembrando das mãos que se encontraram...

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